SET:30: Debate sobre serviços na nuvem

Thomas Gunkel, Market Director Broadcast da Skyline Communications, Carlos Cauvilla, Diretor de Tecnologia e Operações do SBT; Jurandir Pitsch, VP de Vendas e Desenvolvimento de Mercado – Vídeo – América Latina da SES e Daniel Robinson, Head of R&D da Pebble.

O segundo dia do SET:30 analisou o futuro da TV brasileira com a implantação da TV 3.0 e como os serviços na nuvem podem ajudar os radiodifusores em diversas funcionalidades

O primeiro painel do SET:30, denominado “Serviços na nuvem para aplicações Broadcast” foi moderado por Carlos Cauvilla, Diretor de Tecnologia e Operações do SBT; e teve a participação de Jurandir Pitsch, VP de Vendas e Desenvolvimento de Mercado – Vídeo – América Latina da SES; Daniel Robinson, Head of R&D da Pebble, e Thomas Gunkel, Market Director Broadcast da Skyline Communications.

Robinson falou de novos modelos de negócio e explicou os motivos pelo qual é interessante avançar para modelos FAST. Disse ainda que os modelos passam por soluções robustas, com segurança e “logadas”, que sejam plataformas agnósticas que trabalhem em cloud pública ou privada, com tecnologias flexíveis e que aceitem novas funcionalidades com compatibilidades para novos workflows e infraestruturas

O executivo destacou, ainda, o avanço das arquiteturas clouds, e deu ênfase aos processo de vídeo, tanto em larga escala quanto de microserviços, que possam ser utilizados em serviços de OTT. Finalmente, disse Robinson, a segurança “é cada vez mais importante, e para isso há que trabalhar em sistemas de defesa e segurança” como microserviços que avancem para API com autentificação, por exemplo, ou API versioning, que integra soluções que ajudam no relacionamento entre o provedor e o usuário, evitando problemas de segurança.

Jurandir Pitsch, da SES, falou sobre playout na nuvem e como a empresa estabeleceu o modelo de negócio. “Nós oferecemos um serviço no qual definimos estruturas. Desenvolvemos um serviço para o qual o cliente nos contrata, e a SES trabalha com parceiros para oferecê-lo por completo. Não somos uma empresa de software, mas neste serviço em particular o software é nosso, o SES 360, que permite ser um MAM e com uma interface que evolui constantemente”.

No Brasil, oferecemos o Self Manager, que permite o controle de operação, com acesso 24/7 para canais. “Nesta solução, o cliente faz o carregamento e o controle, com área de disaster recovery. Nossa solução na nuvem pode ajudar os clientes em eventuais problemas”.

O executivo disse que a solução é integrada mediante uma solução transparente, e acrescenta que “já lançamos mais de 60 canais na nuvem”. A plataforma trabalha como reprodução de nuvem auto-gerenciada  (self managed cloud playout), com contribuição IP desde os teleportos da SES, e encoding. “Esta estrutura permite ter publicidade regionalizada”, lançar canais pop-up rapidamente, entre outras funcionalidades.

Thomas Gunkel analisou como trabalhar a escalabilidade e flexibilidade na hora de migrar para a nuvem. Ele disse que o processo de adaptação das empresas de mídia e entretenimento para a nuvem é um processo com diferentes passos. E, disse, que as empresas precisam responder a pergunta de como gerenciar uma produção ao vivo na nuvem, porque “toda produção tem um ciclo de vida e requer uma combinação de sistemas manuais e automatizados”.

Um exemplo dado foi como realizar produção na nuvem com multi-vendor, e como fazer o gerenciamento disso. Ele disse que, para isso, é necessário avançar para soluções integradas, e apresentou uma solução de automatização integrada da Dataminer, que permite completar o processo.

Finalmente, Gunkel disse que a jornada para a automatização na nuvem precisa ser pensada como soluções integradas que trabalhem com diferentes fornecedores, e que estes se integrem, sendo eles de nuvem privada, nuvem pública ou on-premise, “tudo pensando na simplificação do processo, administrando datas e tendo claro os fluxos”.

 

Por Fernando Moura, em Las Vegas