SET:30 fecha com os temas monetização e oportunidades na Era Digital

O painel de fechamento do SET:30 versou sobre “Streaming Business Models – Monetização e Oportunidades na Era Digital” e teve a participação de Julieta Nogueira, Head of Business Latin America da Reuters; Fernando Silva, Gerente de contas estratégicas, mídia e esportes da Reuters; e Cristiano Barbieri, Diretor Comercial para América Latina da Broadpeak. A moderação foi de Igor Macaúbas, Coordenador do GT de Streaming da SET e Diretor de Produto e Engenharia, Produtos Digitais da  Globo.

Julieta Nogueira abriu os trabalhos falando “de uma nova era na monetização”, pensando no ciclo de vida do conteúdo. “Todo conteúdo hoje nasce digital” e, com isso, “o desafio é organizar o digital. A Reuters trabalha para definir estratégias para o mercado B2B”, como uma agência que trabalha pensando na cobertura global de notícias, pensando em content Marketplace, “no qual o cliente acessa o conteúdo da Reuters e mais de 100 parceiros de diferentes plataformas, oferecendo uma vitrine para os mais de 3 mil clientes no mundo”. Todos com soluções de tecnologia “pensando na distribuição de conteúdo”, com o uso da IA como “uma tecnologia que abraça todos os processos da Agência”. Ela falou da nuvem, e mencionou o custo da nuvem, a dificuldade de encontrar os conteúdos pela falta de metadados, e que, com “a parceira com a SNews, conseguimos incorporar e juntar tudo em um único ecossistema permitindo compartilhar os conteúdos e soluções”.

Mais tarde, Fernando Silvafocou na monetização de conteúdo. “Mais conteúdo não gera mais receita. Quando o arquivo mais cresce, mais desafios se apresentam”. Para ele, o arquivo apenas traz valor se “se sabe o que o arquivo contém”. Assim, falou do Reuters Imagen, um contente Lifecycle que trabalha em duas frentes, monetização e orquestração, que trabalha como “uma solução integrada para gerir a monetização”.

Cristiano Barbieri, Diretor Comercial para América Latina da Broadpeak, falou sobre estratégias de publicidade digital, e ele disse “que estamos em um momento de oportunidades, com mudanças e consolidação de modelos negócios, com modelos híbridos que deixam de ser SVOD, que vão do VOD para o AVOD. E disse que “agora temos o HVOD”, e falou de modelos de monetização não invasivos

Ele disse que pelo menos 60% da população brasileira aceita receber até 6 minutos de publicidade por hora. “Para nós, a nova fase será com modelos não disruptivos para o conteúdo, e modelos interativos” que “permitem criar novos modelos de publicidade em termos de modelos não lineares, comoo L-banner como modelo dinâmico segmentado, ou outros modelos overlay, PIP e Pause TV “, um modelo que permite colocar publicidade em conteúdos que não podem ter publicidade”

Assim, “o L-banner pode ajudar” já que”consegue ter mais tempo de engajamento do usuário tendo mais impressões”. Ele fechou o modelo “Shoppable ADs” e disse que dá para “aumentar a jornada do cliente, que permite, a partir do clique do controle remoto, ativar a interatividade e a compra, e acrescentou que “haverá muito investimento em CTV no sentido de permitir a partir de um clique ativar alguma venda”.

Pensando no futuro, e perguntado por Macaúbas, Barbieri disse que no futuro “pode haver um canal hiperpersonalizado, mas para isso será preciso muito investimento, com uma super-segmentação dos modelos de campanha”. Silva disse que a monetização em termos de arquivo, que antevê que em dois anos“a gestão de conteúdo permita que o cliente identifique o que vai gerar mais receitas e e possa ser empacotado e enviado para monetização”.

O SET:30 teve o patrocínio Ouro da EiTV, CIS Group/ BeTV e SES; patrocínio Prata da AWS, Broadpeak, EutelsatGroup, Reuters e YouCast; e patrocínio Bronze da Enensys, Ideal Antenas, LineUp, Mediastream, Mirakulo, SNews, Showcase e 2Live. Ainda, apoio da MGE.

Por Fernando Moura (reportagem) e Tito Liberato (edição) em Las Vegas, USA