
SET:30: Canais FAST e experiência digital
Painel realizado em Las Vegas analisa estado da arte do streaming e os canais FAST e como estes podem otimizar os seus serviços.
No terceiro e último dia, terça-feira, 8 de abril, da edição 33 do SET:30, o primeiro painel se debruçou sobre “Streaming &Fast Channels – Unindo Agilidade e Experiência Digital”, e foi moderado por Fernando Bonifacio (Boni), Gerente de Desenvolvimento Digital do SBT, e teve a participação de Rodrigo Godoi, Diretor de Vendas / Media & Entertainment da Uplynk, e Marco Lopes, CEO da Mediastream Brasil.
Boni disse na abertura “que não só nós como radiodifusores e os grandes streamings estão indo para novos modos de monetização, e comentou que é importante olhar os hábitos de consumo para ver o que fazemos com a tecnologia. Nosso desafio é mudar rapidamente para atender e prender o nosso espectador na Marca, muito além do nosso canal”.
Entretanto, Marco Lopes disse que o mercado de FAST Channel está pensando em conteúdos regionais que são importantes para ter uma grade interessante. “Nos deparamos com conteúdos e, sobretudo, parâmetros diferentes, para construir a entregar a melhor experiência”.
Lopes disse que tem dificuldades como empresa de tecnologia, pois “há diferentes padrões dos agregadores de conteúdos, cada um tem seu streaming profile, seu EPG, e para nos entregar isso precisamos ter padrões comuns para melhorar a experiência”.
Godói reforçou sobre o cuidado com “o formato da entrega de cada um desses conteúdos em cada uma dessas plataformas. Antes de trabalhar forte com FAST, há que ter claro os contratos dos conteúdos e das plataformas, porque existem muitos custos associados”
Falando de canais FAST, Godoi disse que tem empresas que fazem o planejamento adequado e vemos iniciativas mais ousadas através de bibliotecas automatizadas com empresas lançando 40, 50 plataformas, o que gera muitos riscos”. Os contratos tem de ser conhecidos, é um risco grande lançar canais com conteúdos históricos sem planejamento”.
O executivo comentou, ainda, que “existem soluções de engenharia e planejamento”, e sobre como os eventos e a tecnologia podem ajudar a ideia de “usar com moderação”. Entendendo as formas “para moderar a latência e ver como avançamos “e ter latência homogênea em todos os dispositivos conectados ao mesmo tempo”.
Finalmente, falou-se sobre a utilização de IA para criar canais e como “criar playlists com APIs com inteligência artificial gerando a automação da criação e programação”, o que foi reforçado por Lopes. Ele afirmou que “usamos IA para interpretar os dados, mas a evolução de crescimento do IA nos levou a criar uma estratégia multimodal, pelo que criamos um orquestrador de inteligência que cria proxys específicos e, com isso, criar fluxos com enriquecimento de metadados utilizando inteligência artificial generativa”.
O painel fechou com análises de “detecção de cena para gerar destaques. Nós não vamos criar, o que faremos é a automação de conteúdos após a criação d e processos”, disse Godoi.
O SET:30 teve o patrocínio Ouro da EiTV, CIS Group/ BeTV e SES; patrocínio Prata da AWS, Broadpeak, EutelsatGroup, Reuters e YouCast; e patrocínio Bronze da Enensys, Ideal Antenas, LineUp, Mediastream, Mirakulo, SNews, Showcase e 2Live. Ainda, apoio da MGE.
Por Fernando Moura (reportagem) e Tito Liberato (edição) em Las Vegas, USA