
SET SUL: Florianópolis analisa infraestruturas hiperconvergentes
O regional analisou em Santa Catarina as infraestruturas hiperconvergentes que estão se transformando em importantes ferramentas no ecossistema de mídia.
A tarde do SET Sul analisou novas infraestruturas para as mídias, e, para isso, Mauricio Belonio, Diretor da Alliance, e Laísa Carvalho, Gerente de Produto da Embratel, falaram com Diógenes Rodrigues, Gerente de operações e Engenharia da Record TV, que moderou um painel com visão de futuro, mas que está cada vez mais presente nas emissoras.
Laisa disse que a hiperconvergência pressupõe convergir estruturas que suportem a cadeia de produção, contribuição, distribuição, “alavancando novos negócios”em um mercado que tem novos desafios, como maior quantidade de produção de conteúdo, maior distribuição e um orçamento que não aumenta, mas que “pensa sempre em uma melhor experiência do usuário”.
A executiva falou da jornada da nuvem, e disse que nela é possível ter um complemento e integração com dados, mas, para isso, precisamos pensar em “5 pilares de excelência operacional em cloud que passam por segurança, eficiência de performance, sustentabilidade, confiabilidade e otimização de custos”.
Laisa disse que ir para a nuvem é um processo, com “melhoria contínua, com serviços de suporte que trabalhem na observabilidade, automação e escalabilidade,e segurança”. Mas tudo isso “precisa ser posto na balança custo”, por isso, explicou, “é preciso pensar em serviço de FINOPS, que comporta planejamento, medição, redução, otimização e evolução para otimizar custos e melhorar resultados”.
Belonio disse que definir uma estrutura hiperconvergente não é simples, mas que é um “conceito que vem da TI que oferece escalabilidade e eficiência para as operações”, isto é, “um single device que permite ter uma plataforma que pode integrar vários serviços definidos por software”.
Na visão do executivo, hoje a hiperconvergência é possível, já que a tendência para os próximos anos é que a Lei de Moore chegue a seu limite, porque “fisicamente já não conseguimos mais melhorar a densidade dos chips de silício”. Por isso, as empresas começaram a agregar outras ferramentas aos chips, “já estamos quase no limite de portas lógicas”. Nesse contexto, a hiperconvergência é necessária a partir de “novas formas de interfase e, a partir daí, inserimos mais processamento nas placas de entradas somando IP, multiviewes, e mixer de áudio. Hoje conseguimos ter todo o core de uma emissora de televisão em um único device, dando ao radiodifusor uma infraestrutura simplificada”.
Para o executivo, esta nova forma de infraestrutura permite flexibilidade, baixar o custo, e ter uma vida útil estendida com baixo custo de propriedade (TCO). “Hoje pensamos em baixar, por exemplo, o consumo de energia, ter menor espaço e com pouco peso. Assim, podemos ter um projeto de uma emissora com um switcher, multiviewer, distribuição, Frame syncss, áudio mix, demux, ST 2110 gateway, câmeras, grafismo, vídeo playback e áudio mixer, tudo em uma única estrutura”, e que “pode ser uma infraestrutura híbrida de produção integrada e hiperconvergente”.
O SET Sul tem o patrocínio de Alliance, Canon, CIS Group, Convergint, SES, Sony, Speedcast, Pinnacle/Blackmagic, Embratel e Youcast. Ainda conta com o apoio de IF Telecom, LM Telecom, Propaga Consultoria, SM Facilities e Teletronix. E o apoio institucional a ACAERT e NSC.
Por Fernando Moura e Tito Liberato