
SET Norte debate tendências e futuro do mercado audiovisual
A primeira palestra da tarde foi dedicada aos executivos da região norte do país que analisaram o mercado audiovisual e as perspectivas d o futuro.
A tarde do SET Norte, que se realiza pela primeira vez em Belém do Pará, foi ocupada por executivos que analisaram as “Tendências e o Futuro do Mercado Audiovisual sob a Perspectiva Executiva”. O painel contou com a presença de Daniel Abravanel, Diretor de Rede e Relações institucionais do SBT; Camilo Centeno, Diretor Presidente do Grupo RBA (Rede Brasil Amazônia de Comunicação), afiliado à Rede Bandeirantes e Presidente da Associação Paraense de Rádio e Televisão (APERT); e Nilson Andrade, Diretor Comercial da Record Belém. Moderador: João Jadson Furtado, Editor e apresentador TV Liberal/afiliada Rede Globo- PA
A palestra começou abordando o uso das redes sociais pelas emissoras. Camilo Centeno disse que a sociedade tem mudado muito nos últimos anos, e reforçou que a “TV é um importante prestador de serviços”. Ele disse que as redes sociais preencheram um lugar que a TV não tinha, por isso “hoje a TV 3.0 tem esse viés, tende a resolver, e vai suprir essa lacuna possibilitando a interatividade com o público, e de alguma maneira tirar um pouco o foco nas redes”. Desde a sua ótica, as emissoras “têm de trabalhar com as redes, e ver como receber o feedback da população. Mais que uma ameaça, uma preocupação, penso que nos temos de usar tudo o que as redes sociais têm e usá-las em nosso favor”.
Em sua apresentação, Daniel Abravanel disse que o SBT se prepara para a TV 3.0 porque “acredita no modelo, sabemos que vai demorar algum tempo, pois ainda precisamos acabar a migração do analógico para o digital”.
O SBT aprendeu a trabalhar com as redes. “Para nós as redes são um complemento, por isso trabalhamos conteúdos 360 graus. Em 2025, vamos estrear um programa de Lucas Guimarães que será trazer a internet para a TV e juntar os mundos”. Por outro lado, disse que é preciso “regulamentar as redes sociais, as plataformas”, que seja “a mesma coisa, para ser uma briga legal. O futuro é a unificação dos mundos”.
Pela Record Belém, Nilson Andrade disse que a interatividade tem ajudado a chegar onde a emissora não chega. “Hoje, temos a banda Ku, e com ela podemos chegar a outros lugares via parabólica digital. Nós trabalhamos a convergência, entregar para a nosso mercado conteúdo, e estamos trabalhando de uma forma crossmedia para que o nosso anunciante posso chegar a todos”.
Em termos de TV 3.0 e mercado publicitário, Centeno disse que a TV tem uma missão e, por isso, temos que entender que o consumo mudou, e por isso “precisamos acompanhar a mudança de hábito”, e com “a TV 3.0 vamos agregar serviços para acompanhar essas mudança das novas gerações”. Assim, disse, “nós temos de ir junto com os nossos clientes, e a TV 3.0 é uma forma de manter o protagonismo”.
Abravanel reforçou que o alcance da TV aberta é maior do que a das redes sociais. “Há lugares que 1 ponto de audiência são milhões de pessoas. Nós na TV aberta temos um poder de retenção maior que os da redes sociais”. Nilson Andrade agregou que a diferença da TV aberta é “a credibilidade”.
Os executivos coincidiram no final que o futuro passa por um processo de inovação tecnológica em ciclos mais curtos, “trabalhando com nichos de conteúdos, com vídeo sobre demanda”, reforçou Centeno. E Andrade disse, sorrindo, “que a TV 3.0 será um celular com tela grande”.
O executivo da SBT comentou que reforçaram a banda TV para ter “conteúdo regional e digital”, e disse que, em termos de Inteligência Artificial, a emissora “utiliza o recurso para criar cenários virtuais. A IA não vai substituir o que o humano pode fazer, por isso precisamos preparar nossos funcionários para utilizá-la”. Centeno concordou e disse que a IA vai chegar para “somar” sem “eliminar vagas de emprego, com pessoas que se adaptem a essas tecnologias”.
Os executivos concordaram, ainda, com o fato da “regionalização” ser fundamental para garantir o futuro da TV aberta. O SET Norte traz as últimas novidades do mercado de produção e distribuição de conteúdo em seminários conduzidos por profissionais renomados do setor. Os debates abordaram tendências tecnológicas e modelos de negócios das áreas de broadcast, mídia e entretenimento.
O SET Regional Norte conta os seguintes Patrocinadores Ouro: Alliance, Canon, Convergint, Embratel, Pinnacle, SES e Vivensis. O apoio de Delta ProVideo, NeoID, SpeedCast, Propaga e Teletronix e o apoio Institucional de Belém FM 87.5, TV Liberal, Record Belém, TV Paraense, SBT e RBATV.
Por Fernando Moura e Tito Liberato