
SET Norte debate conectividade no mercado audiovisual
O painel “Conectividade no mercado audiovisual: inovando na distribuição e contribuição de sinais” trouxe indicadores para o futuro da TV com cases e soluções focadas na TV 3.0.
O painel “Conectividade no mercado audiovisual: inovando na distribuição e contribuição de sinais” teve a participação de Diego Pereira Cortinhas, Coordenador de Projetos de Pré-Venda de Mídia e Satélite da Embratel; Nertan Azevedo, Diretor Comercial da ATEME; e Eduardo Padilha, Gerente Comercial da Speedcast. Moderador: Daniel Rodrigues, Diretor de Engenharia do Grupo Rede Brasil Amazônia de Televisão.
O primeiro a falar foi Diego Pereira Cortinhas da Embratel que disse que, para o mercado de mídia, a Embratel vê, nas reuniões com as emissoras, que o principal desafio é produzir mais conteúdo, aumentar a distribuição e reduzir os custos. E que, nesse contexto, as empresas precisam modernizar a infra para habilitar novas tecnologias e reduzir os custos, assim como encontrar novas receitas e, por fim, colocar o usuário no centro do negócio.
O executivo avançou para a contribuição de sinais 5G Slicing demonstrados no SET EXPO 2024, que permitem levar o sinal de eventos ao vivo, com qualidade, baixa latência e com a taxa de 5Mbps de upload por mochila (por área). Outro destaque foi a conectividade com nuvem – Direct Connection (ECI), que pode ser aplicada pelas empresas de mídia que tem lançado novos canais na nova parabólica (SAT HD Regional) ou na regularização das suas transmissões. Ele disse que a empresa tem mais de 150 canais no satélite. Finalmente, Padilha falou de segurança e observabilidade como temas importantes na hora de avançar para as novas formas de distribuição de mídia, e quando se fala de infraestrutura hiperconectada das emissoras.
A seguir, Eduardo Padilha, de SpeedCast, começou falando sobre a TVRO e o número de receptores instalados, e disse que em novembro foram mais de 690 mil, e ele avançou sobre a instalação de um core para TV na sede da SpeedCast. Ele disse, a partir da experiência norte-americana, que “estamos tentando desenvolver o core que permita que o empresário possa alugar a estrutura e ver se a experiência vale a pena. Padilha disse que o empresário passa de “capex para opex”, assim, o core da Speedcast espera receber sinais das emissoras com todos os requisitos necessários. “Processamos o sinal e encapsulamos em DASH. Recebemos os sinais das emissoras na nossa nuvem privada e entregamos ao radiodifusor encodado, assim, o empresário pode alugar, fazer um opex”.
Padilha disse que a empresa espera “começar em 2025 os testes” e disse que Nertan Azevedo, Diretor Comercial da ATEME, iria seguir falando de TV 3.0. De fato, Azevedo avançou para a TV 3.0 e em como pensar no processo a partir dos principais pontos tecnológicos do novo padrão. Ele falou de experiências interoperativas e interativas, comportamento Híbrido (OTA +OTT) que definiu como uma “experiência perfeita”, e comentou quais podem ser os novos modelos de monetização – oportunidades não lineares; e o novos modelos de cobertura (Segmentação Geográfica).
Ele disse que, no novo modelo, um dos principais objetivos é otimizar custos, e para isso “estamos montando um laboratório como parceiros da SpeedCast e assim fechar as contas”. Nesse projeto, a ideia é utilizar o Laboratório TV3.0 para aprender e experimentar novas tecnologias construindo uma plataforma compartilhada para afiliadas/emissoras que ofereça soluções em nuvem para compartilhamento de recursos e fácil dimensionamento, e funcione como modelo de pagamento conforme o crescimento para afiliados.
Assim, criando e utilizando uma nuvem privada e pública que permita usar recursos somente quando necessário para, desta forma, adequar para casos de uso de canais regionais (~25% do tempo de transmissão), permitindo o monitoramento do uso de recursos que permitem um modelo pré-pago, sendo esta uma solução híbrida a ser considerada (on-premise central/nuvem para regional).
“Se a gente se junta, a conta fecha, e pode ser um diferencial para a TV aberta”, disse, “e finalizou afirmando que a empresa está atenta ao mercado, e o laboratório conjunto a ser montado na SpeedCast será uma excelente plataforma de testes para a TV 3.0.
O SET Norte traz as últimas novidades do mercado de produção e distribuição de conteúdo em seminários conduzidos por profissionais renomados do setor. Os debates abordarão tendências tecnológicas e modelos de negócios das áreas de broadcast, mídia e entretenimento.
O SET Regional Norte conta os seguintes Patrocinadores Ouro: Alliance, Canon, Convergint, Embratel, Pinnacle, SES e Vivensis. O apoio de Delta ProVideo, NeoID, SpeedCast, Propaga e Teletronix e o apoio Institucional de Belém FM 87.5, TV Liberal, Record Belém, TV Paraense, SBT e RBATV.
Por Fernando Moura e Tito Liberato