SET Nordeste: Transformação Digital com Infraestrutura Hiperconectada

O segundo painel da manhã do SET Nordeste, que se realiza na Paraíba, analisou a “Transformação Digital: O Poder da Infraestrutura Hiperconectada”. Participaram Fredy Litowsky, Diretor da Alliance, e Glaucia Mattioli, Gerente Executiva de Vendas da Embratel.O painel foi moderado por Jair Ventura, Gerente de Tecnologia de TV e Rádio, Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.

Ventura disse que a engenharia tem de pensar em quem vai usar e, assim, “deixar de pensar de forma determinística” para “mudar a forma de lidar com tecnologia”. E, segundo o executivo, há que se pensar em “transformação digital”, e usou Pierre Levy para afirmar que “o virtual é um nó de tendências” que no fundo “atualiza” a tecnologia.

Glaucia Mattioli começou falando de “infraestrutura hiperconvergente”, considerando o que os clientes pensam e precisam no dia a dia, com o foco em “reduzir ou manter o custo” como um dos maiores desafios das empresas de mídia, com novas formas de monetização para aumentar as receitas com a personalização dos serviços.

Glaucia disse que as empresas avançam para “Automação e Otimização de Processos; Centralização de Operações; Novos canais de distribuição; Conteúdo segmentado e regionalizado;  Redução dos Recursos de Produção; Migração de Workloads para a Nuvem; Terceirização de Equipes e Processos e Outsourcing / Serviços: Capex vs Opex”.

Nesse contexto, afirmou que na Embratel tem visto que cada vez mais as empresas estão focando na segmentação para falar especificamente com o seu público, e também na micro-regionalização. E falou da Rede Amazônica que, com oito (8) pequenos estúdios, “está ampliando a sua rede para levar cada vez mais conteúdos locais para os usuários”, com “um novo canal onde vai poder vender comerciais”.

Outro destaque de Glaucia foi que as empresas de mídia têm investido em lançar novos canais na nova parabólica (SAT HD REGIONAL) ou em regionalizar as suas transmissões.  “O nosso satélite D2 foi escolhido pela Anatel como o satélite oficial para essa função, e estamos acompanhando um crescimento muito grande mês a mês com a entrada de novos canais e com o crescimento de venda de novos receptores. Temos mais de 150 canais (se tirarmos as regionalizações da Globo, SBT, Record e Band, temos em torno de 70 canais). Tudo isso como TV aberta para os usuários finais – temos canais religiosos, esportes, do Agro, educação, lifestyle, vendas, notícias, variedades etc.)”, o que segundo ela, “já parece uma TV por assinatura”.

Por outro lado, ela falou de “novas redes habilitadoras” que podem criar “infraestrutura hiperconectada de uma emissora”, como a “utilizada no Carnaval do Rio pela Globo” realizado por meio do 5G slicing que permite levar o sinal de eventos ao vivo, com qualidade, baixa latência e com a taxa de 5 Mbps de upload por mochila (por área).  “Como exemplo, fizemos o 5G Slicing no carnaval da Globo e fizemos a demonstração no SET EXPO em São Paulo, junto com a Haivision, onde colocamos uma câmera no stand na Haivision e as imagens eram transmitidas para o stand da Embratel.  Além disso, usamos um aparelho celular 5G com o mojo instalado e fizemos as transmissões também pelo celular”.

Assim, finalizou dizendo que em uma emissora hiperconectada é preciso integrar distribuição, produção  distribuição, mas alertou para dois pontos. Primeiro, a segurança, entendendo ela como uma jornada, com testes de Cyberscore e assim, “saber qual é a maturidade em segurança da empresa”. Segundo, a observabilidade que trabalhe o monitoramento mais abrangente e links, dispositivos, aplicativos e servidores.

Fredy Litowsky disse que a obsolescência é um dos principais desafios das emissoras, por isso, a “plataforma pode ajudar nisso” Segundo ele, a plataforma hiperconvergente é “uma plataforma unificada, que utiliza tecnologias de última geração para integrar produtos e funcionalidades independentes dentro de um único sistema, com múltiplas funcionalidades definidas por software”.

Entre as vantagens da hiperconvegência, explicou o executivo da Alliance, está a “simplicidade, flexibilidade, sustentabilidade, baixo TCO, vida estendida  fluxos e trabalho otimizados”, com uma estrutura que “permite trabalhar com fibra, com input e output e interface e fibra com Multi-interface de Sinais e Gearboxing, permitindo que o sistema possa ser atualizada Audio Shuffling”. Ele reforçou que a “ideia passa por ter equipamentos multi-propósito”

Outro destaque foi para “o trabalho sobre IP, com plataformas híbridas”, que permitam trafegar SDI e IP e multiviewer e com switchers de produção, o seja, “com vídeo switcher, uma plataforma que permite tirar proveito do processamento de sinal, e assim ter uma switch com, por exemplo, multiprocesso”.

Resumindo, disse que uma plataforma hiperconvergente precisa ter Switcher, MultiViewer, Distribucion, Frame syncs, Audio Mux / Dmux; ST 2110 Gateway; Cameras; Grafismo; Video playback;e Audio Mixer”, trabalhando com uma infraestrutura híbrida de produção que “permita expandir os serviços durante o tempo”.

A coordenação do SET Nordeste está a cargo de Ronald de Almeida e Esdras Miranda, e tem patrocínio da Alliance, Canon, Convergint, Embratel, EutelsatGroup, SES, Sony, PinnacleGroup/Blackmagic, Youcast e Vivensis. E conta como apoio de 2Live, DeltaProVideo, Propaga, Prostream, SM Facilities, SpeedCast, Teletronix e Broadmedia. E ainda conta com apoio institucional da ASSERP, Sistema Correio e TV Cabo Branco.

Veja a programação completa

https://teste.set.org.br/eventos/set-regionais/nordeste/programacao-2024/


SET Nordeste
Data:
23 de outubro
Horário: 8 às 19h00
Onde: Hotel Manaíra
(83) 3021-9700
Av. General Edson Ramalho, 1311, Manaíra
João Pessoa-PB

Por Fernando Moura e Tito Liberato