
SET Centro-Oeste analisa infraestrutura hiperconectada
Desafios de uma arquitetura hiperconectada foi o tema da segunda palestra do SET Centro-Oeste que se realiza em Brasília.
Moderada por Gládston Duarte Araújo, Coordenador Telecom da TV Globo, a palestra “Desafios de uma arquitetura hiperconectada”, teve a participação de Fredy Litowsky, Diretor da Alliance e Guilherme Saraiva, Diretor Comercial da Embratel. Duarte Araújo disse que a radiodifusão mudou. “Antes estes temas eram colocados por áreas, hoje falamos de tecnologia hiperconvergente e hiperconectada, um tema que já aplicamos no nosso dia a dia. Já não falamos por silos, mas sim com redes hiperconectadas, mas que trabalham independentes dando maior capilaridade”.
FredyLitowsky disse que a radiodifusão viveu durante muito tempo com equipamento com coesões únicas, e hoje trabalhamos com aparelhos hiperconvergentes “com capacidade de storage, com plataformas únicas que permitem múltiplas funções”, assim, explicou, a plataforma hiperconvergente é “uma plataforma unificada, que utiliza tecnologias de última geração para integrar produtos e funcionalidades independentes dentro de um único sistema, com múltiplas funcionalidades definidas por software”.
Assim, o executivo da Alliance disse que a Lei de Moore chegou “próxima ao limite”, pelo que a saída é a convergência: “Adição de CPU, GPU e codecs no mesmo chipset”, permitindo simplicidade, flexibilidade, sustentabilidade, baixo TCO, vida estendida e fluxos de trabalho otimizados. Com isso, Litowsky partiu para exemplos, como o de 12G Gearboxing que permite a entrada de SDI, SMPTE Fiber e HDMI e com saída da mesma forma. E ainda possemos agregar “áudio embebido com Madi e Dante, por exemplo, com gateways para SMPTE 2110 (IP)”.
Ele disseque este tipo de soluções hiperconvergentestrabalham com equipamentos como Switcher, MultiViewer, Distribuição, Frame syncs, áudio Mux/Dmux, ST 2110 Gateway, câmeras, grafismo, vídeo playback e áudio Mixer, por exemplo, com a vantagem de “ter menos cabos, uma instalação rápida, desenho mais simples, investimento apenas necessário, com tecnologia atual e futura de um único fabricante que ajuda ao médio ambiente”.
Guilherme Saraiva, Diretor Comercial da Embratel, começou a sua palestra afirmando que hoje temos o três desafios. “Uma demanda por mais produção e canais de distribuição com mais receita, mas, por outro lado, um orçamento que não aumenta e, às vezes, diminui,e ainda começa a aumentar a superfície e ataque, e portanto a cibersegurança é fundamental”.
Saraiva falou de canais segmentados e regionalização de conteúdo, com o case da TV Amazônica, e disse que ela trabalhou com a ideia de canais de notícias “segmentados e regionalizados”, como o Projeto “Mini Estúdio”, que gerou custos otimizados com conteúdo hiperlocal que emite oito telejornais simultâneos.
Por outro lado, falou das novas plataformas de alto alcance “com um crescimento da regionalização, antes tínhamos 4 canais e agora estamos chegando a 75 canais com canais hiperlocais”. Outro destaque dos novos entrantes, disse, são os portais de conteúdos que “atraem audiências e criam oportunidades de monetização”, citando o caso do Lance e do portal de conteúdos da EPTV.
Saraiva ainda falou de gestão de custos e eficiência operacional com novas iniciativas do mercado que passam por “automação e Otimização de Processos, centralização de Operações, redução dos Recursos de Produção, migração de Workloads para a Nuvem, além de terceirização de Equipes e Processos e Outsourcing / Serviços: Capex vs Opex”.
Finalmente, falou de segurança, e disse que “segurança é uma jornada. O teste do Cyberscore atribui uma nota de maturidade em segurança e identifica ações que levarão sua empresa ao próximo nível”, e explicou que a “segurança envolve pessoas, ferramentas, processos. O planejamento da segurança deve começar junto com o seu projeto”, pelo que recomendou começar com o pacote mínimo de ferramentas e testes. “Cresça depois com ferramentas avançadas que façam sentido para sua empresa”.
As edições do SET Regionais levam informações e debates às principais cidades do País. Os eventos, com foco no setor de broadcast, mídia e entretenimento, serão grandes oportunidades para se destacar as questões e demandas locais nessas áreas.
O SET Centro-Oeste tem o patrocínio de Alliance, Canon, CIS Group, Convergint, SES, Sony, SpeedCast,Pinnacle/Blackmagic, Embratel e Youcast. Ainda conta com o apoio de Propaga Consultoria, Teletronix, Delta Provideo e SM Facilities.
Por Fernando Moura e Tito Liberato