PÓS IBC 2024: Visão dos executivos da tecnologia apresentada em Amsterdã

Executivos da Rede CNT, Globo e Bandeirantes afirmaram que um dos focos foi a TV 3.0 e como entender o workflow da tecnologia, e ainda pesquisaram algumas variáveis e modelos de negócio, junto a novas formas de produção de conteúdo.

O terceiro e último painel do Pós IBC 2024 que reuniu várias dezenas de profissionais de mídia e entretenimento, em São Paulo, analisou “a tecnologia direcionando o mercado audiovisual”. Moderado por Paulo Henrique Castro, Conselheiro da SET e CEO/Founder do Mediatech Lab; teve a participação de Carol Alberto Correia Garcia, Gerente Engenharia da Rádio e Televisão Bandeirantes; Luiz Alfredo Barcik, Gerente de Engenharia da REDECNT; e Carolina Duca, Gerente Senior de Tecnologia da Globo.

Barcik se referiu à inteligência Artificial afirmando que a maturidade é grande, mas ressaltou que “tivemos conversas com fabricantes de transmissor para poder utilizar os transmissores na frequências de 300 MHz e quais os tempos que os players precisam para que possa haver equipamentos em este tipo de frequência para poder transmitir o sinal da TV 3.0”. Por outro lado, referindo a antenas Mimo, disse que voltou preocupado, porque vai “precisar antenas maiores”, e assim, “tentar entender o tamanho do problema da implementação da TV 3.0 e com isso saber ao que estamos expostos”.

Carol Alberto disse que o percurso em Amsterdã passou pela inovação para a produção de conteúdos. Nesse ponto, ele destacou “a utilização da inteligência artificial para a redução com custos e automatização processos”. Com respeito a IA, ele disse que “é preciso pensar como usar a IA e ver como não ter custos maiores”.

Carolina Duca destacou “a operação remota e simplificada, com a automatização da última milha, e com isso a automatização das câmeras. Ela referiu que em 2025 a Globo fará o “Carnaval em 5G, com o principal desafio de saber como produzir conteúdos com menos cabeamento”, e falou de cases de captação com equipamentos simplificados, para isso, disse que viu no IBC uma solução da Sony com orquestração para última milha com parcerias que permitam as empresas chegar a captação das câmeras, o que segundo Carolina, “sempre foi um gargalo”, isto é,  deixar a infraestrutura pronta de um dia para a outro.

Do lado da TV 3.0, a executiva da Globo disse que o Brasil tem uma oportunidade bem grande, “temos um padrão estado da arte, e podemos fazer uma implementação única no mundo, com uma tecnologia que está madura. Podemos ir além da cadeia para a TV aberta. Sabemos que há desafios, mas percebemos que a tecnologia é madura, já não é de laboratório, o que da como ganho a escalablidade, porque o core é escalável, é um negócio está maduro, porque vai usar o mesmo encoder com uma saída para a TV aberta e outra para o streaming, tendo negócios com escalabilidade e flexibilidade”.

Paulo Henrique Castro fechou afirmando que “existe um caminho de ajustar-se ao mercado, com um espaço de competição com infraestrutura de nuvem como modelo de negócio”.

Por Fernando Moura, em São Paulo