
Paris 2024: pesquisa revela que os Jogos têm risco alto de ciberataques
Pesquisa afirma que os ciberataques são as principais ameaças ao evento esportivo mais importante do ano, com pagamentos solicitados de diferentes valores. Especialistas explicam como as empresas podem aprender com isso.

Pesquisa afirma que um grande ataque cibernético ocorreu durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Inverno 2018, causando interrupções nas transmissões televisivas do estádio olímpico, nos sistemas de portões de segurança e o aplicativo oficial das Olimpíadas para emissão de ingressos digitais/ Foto: Divulgação
Uma nova pesquisa realizada pela Unit 42, a unidade de estudos da Palo Alto Networks, apresenta o relatório “Ameaças Cibernéticas para Paris 2024”, resultante de inúmeras simulações realizadas na capital francesa para ajudar as organizações a se prepararem para proteger suas estruturas e profissionais nos próximos meses.
Como resultado, afirma a pesquisa, os Jogos Olímpicos que se realizarão em Paris da sexta-feira, 26 de julho de 2024 até o domingo, 11 de agosto de 2024 “podem ser o mais expostos a ciberataques na história. Como visto anteriormente com a corporação japonesa NTT, que forneceu serviços de telecomunicações para os Jogos em Tóquio, mais de 450 milhões de tentativas de ciberataques foram registradas durante o evento em 2021. No entanto, o cenário pode ser muito mais preocupante com a Inteligência Artificial, que os cibercriminosos podem usar para atacar negócios e serviços críticos, impactando diretamente a comunidade local como um todo. À medida que os Jogos se aproximam, crescem as preocupações com os riscos representados por fraudes cibernéticas com motivação financeira e sabotagem com motivação política por atores patrocinados por estados e hacktivistas”.
O relatório “Ameaças Cibernéticas para Paris 2024” destaca “uma atividade incomumente intensa de operações maliciosas e disruptivas conduzidas por atores baseados na Rússia. Esses agentes, patrocinados pelo estado, demonstram alta capacidade para executar ciberataques devastadores. Em particular, os “hacktivistas” pró-Rússia mostram um notável interesse em atacar os Jogos”.
Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks, afirma que “eventos esportivos de grande porte funcionam como uma estrutura sólida que requer sincronização em vários componentes e, se alguma peça falhar, as repercussões são enormes. Para isso, aqueles que fazem parte dessa estrutura devem desenvolver estratégias e adotar tecnologias que mitiguem ao máximo qualquer vulnerabilidade, e muitas empresas podem aprender com esses processos para suas atividades diárias”, e reforça que “ataques como estes podem afetar a continuidade de serviços essenciais, como finanças e processamento de pagamentos, transporte, hospitalidade, gestão de eventos, telecomunicações, mídia, serviços públicos e até segurança como um todo”.
Principais conclusões
O estudo indica que “os riscos econômicos no âmbito do evento mostram o ransomware como a causa mais frequente de interrupção de serviços essenciais. Em 2023, houve quase 4.000 vazamentos inerentes ao ransomware, 49% a mais do que em 2022, e para grandes eventos como este, a incidência desse tipo de ataque a terceiros pode afetar as cadeias de suprimentos de serviços e produtos e prejudicar a reputação da competição”.
Por outro lado, afirma a pesquisa que “o e-mail é um dos pontos de conexão preferidos dos cibercriminosos para realizar roubos financeiros. Os atacantes podem se passar por patrocinadores ou empresas afiliadas ao torneio para solicitar pagamentos que, em média, variam entre USD$500.000 antes, durante e após a competição”.
Se quer ver o relatorio completo, “Ameaças Cibernéticas para Paris 2024”, clique aqui.