
Papa Francisco recebe ABERT e AIR em audiência especial no Vaticano
No fim das celebrações do Jubileu Mundial das Comunicações, evento que faz parte do Ano Santo Católico, o Papa Francisco afirmou que “a comunicação católica é para todos, é um ato de amor” e disse aos responsáveis pela comunicação eclesiástica institucional, que devem trabalhar em rede para comunicar uma Igreja em saída. A comunicação católica é para todos, recordou Francisco. Não é uma “seita para falar entre nós”.

Papa Francisco recebe rádio da Abert / Foto: VaticanNews
No marco das celebrações do Jubileu Mundial das Comunicações, o Papa Francisco recebeu em uma audiência reservada no Vaticano (Itália), o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, quem entregou, na quarta-feira (22/1), a réplica de um rádio capelinha ao Papa Francisco. O encontro reuniu radiodifusores brasileiros e da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR).
O presente da ABERT ao Pontífice representa a história e a importância da radiodifusão no Brasil. O modelo capelinha, muito utilizado pelas famílias brasileiras na década de 1940, foi adotado pela ABERT nas comemorações dos 100 anos do rádio no Brasil, data celebrada em 2022.
“É uma honra imensa poder representar a ABERT neste momento tão especial. A radiodifusão tem um papel fundamental na sociedade e levar a voz da ABERT até o Papa é um reconhecimento do trabalho que realizamos. É um dia histórico”, afirmou Lara Resende.
O diretor de Relações Institucionais e de Projetos Especiais da Globo, André Dias, representou o presidente da AIR e conselheiro da ABERT, Paulo Tonet Camargo na entrega do capelinha.

Fonte: Vatican News
Comunicar juntos e em rede
A VaticanNews afirma que no encerramento do Jubileu dos Comunicadores, o Papa recebeu na manhã desta segunda-feira os presidentes das Comissões Episcopais da Comunicação e assessores de imprensa das Conferências Episcopais. No encontro, o Papa afirmou que “a nossa comunicação é acompanhada pela oração? Ou comunicamos a Igreja adotando somente as regras do marketing empresarial?”
“Gosto desta expressão: escrever o futuro. Cabe a nós escrever o futuro. Sabemos comunicar que esta esperança não é uma ilusão? A esperança nunca decepciona, mas sabemos comunicar isso? Sabemos comunicar que a vida dos outros pode ser mais bela também através de nós? Eu posso contribuir a dar beleza à vida dos outros? E sabemos comunicar e convencer que é possível perdoar? É muito difícil isso”, afirmou Francisco.
Para o Pontífice, a comunicação cristã é mostrar que o Reino de Deus está próximo: aqui, agora, e é como um milagre que pode ser vivido por cada pessoa, por cada povo. Um milagre que deve ser contado oferecendo chaves de leitura para olhar além do banal, do mal, dos preconceitos, dos estereótipos, de si mesmo.
O desafio é grande, afirma o Papa, encorajando os presentes a reforçarem a sinergia entre si, seja em nível continental, seja universal. Comunicar construindo pontes é uma alternativa às novas torres de Babel. “Pensem nisso. As novas torres de Babel: todos falam e não se entendem.”
Para responder a todos esses interrogativos, o Pontífice indica duas palavras: “juntos” e “rede”. Somente juntos é possível comunicar a beleza do encontro com Cristo e semear esperança. “Não se esqueçam disto: semear esperança.” Comunicar, prosseguiu, não é uma tática nem uma técnica, “comunicar é um ato de amor”. Somente um ato de amor gratuito tece redes de bem, redes que devem ser reparadas todos os dias.
- Com VaticanNews e ABERT