
MWC2025: Fernando Bittencourt afirma que mudança nos skill dos engenheiros é fundamental
Em entrevista no fim da MWC 2025, que se realizou em Barcelona, Espanha, o ex-presidente da SET destacou a predominância da inteligência artificial como tema central, com ênfase em suas aplicações práticas. A evolução da IA na saúde foi um ponto focal, com previsões de diagnósticos mais precisos e curas para doenças complexas, como o câncer, em um horizonte de dez anos. Ainda referiu e as mudanças nas habilidades requeridas para engenheiros afirmando que estes precisam aprender a trabalhar com prompts Engineerings.

Fernando Bittencourt no MWC 2025 / Foto: Fernando Lopes Cisneros
Biitencourt remarcou à reportagem da Revista da SET a importância da interconexão de dados entre instituições de saúde para melhorar a precisão dos diagnósticos. Além disso, afirmou que nos corredores da feira foram discutidas inovações como óculos inteligentes que funcionam como aparelhos auditivos e a implementação de redes 5G privadas para empresas.
A mudança nas habilidades requeridas para engenheiros foi ressaltada, com uma transição do desenvolvimento de software tradicional para a interação com sistemas de IA. Ainda destacou que a feira foi percebida como um espaço mais voltado para aplicações do que para discussões tecnológicas profundas.
O ex-presidente da SET disse à reportagem que aplicações na área de esporte, de games, de finanças, que incluem inteligência artificial foram o ponto alto da MWC2025. “O software já é feito pelo CHDBT, pelo Gemini, pelos serviços de inteligência artificial o que gera mudança no mercado de trabalho, uma mudança com um impacto enorme. A carreira que agora está em um ponto alto e de “prompts Engineering”, isto é, engenheiros que se estão formando para saber como perguntar à IA como fazer. Neste ponto, a mudança nos skill dos engenheiros é fundamental”. Segundo ele, “novas carreiras vão surgir”.
Outro ponto alto destacado por Bittencourt foi a tecnologia demonstrada com respeito ao 5G. “Vi aplicações em todos os lados, fora os equipamentos de telecom, que estão evoluindo com destaque para a rede 5G como uma rede privada que é quando uma empresa aloca uma banda na rede 5G para seu uso exclusivo e monta uma rede própria onde só trafega dados e informações da sua área, da sua empresa. Nela o usuário faz o que quiser. Trafega vídeo, trafega áudio, comunicação. Então pode colocar em cada câmera num estádio de futebol, um transmissor 5G. A câmera entra na rede e o usuário tem a liberdade de colocá-la onde quiser”.
Bittencourt afirmou ainda, que “a feira toda é em torno de telecomunicações aplicadas, porque tem pouca discussão de tecnologia, e se foca mais na aplicação da tecnologia. A feira é muito mais uma demonstração de devices que usam a rede, que usam a tecnologia para diversos usos. Não tem uma discussão tecnológica, como temos na NAB ou no IBC, que temos discussões de tecnologia. Aqui é muito mais de aplicação da tecnologia. Eu acho que as palestras não falam para engenheiros nem são dados por eles. São fundamentalmente executivos de marketing, de planejamento, por CEOs”.
Mais informações na próxima edição da Revista da SET.
Por Fernando Cisneros em Barcelona, e Fernando Moura, em São Paulo.