FÓRUM DO SISTEMA BRASILEIRO DE TV DIGITAL TERRESTRE
FÓRUM SBTVD | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
FÓRUM DO SISTEMA BRASILEIRO DE TV DIGITAL TERRESTRE | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
ESQUEMA DE MODULAÇÃO DO SISTEMA BRASILEIRO DE TV DIGITAL | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Autores: Dr. Fujio Yamada – Prof. da Universidade Presbiteriana Mackenzie![]() |
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1-Introdução 2- Estrutura do Sistema
O SBTVD é composto pelos blocos funcionais mostrados na figura 1:
![]() 3-Principais características do SBTVD
Os feixes de dados codificados provenientes do multiplexador são submetidos ao processo de codificação de canal. Este consiste na introdução de algorítmos aos dados para facilitar aos receptores reconhecer e corrigir os erros provocados durante a transmissão do sinal. Após este estágio, os feixes de bits são mapeados e modulados sobre as diversas freqüências sub-portadoras que compõem o espectro OFDM. ![]() No modo 1, cada segmento possui 108 portadoras, das quais 96 são usadas para transmissão de dados e 12 freqüências-piloto. No modo 2, esse número dobra e no modo 3 é quatro vezes maior (vide tabela 1). Uma vez selecionado um determinado modo de transmissão, ele deve ser comum a todas as camadas.
A figura 2 ilustra exemplos de configuração de transmissão, sendo o bloco à direita da figura uma configuração hierárquica constituída de camada A, ocupando o segmento central “0” da banda, a camada B com 7 segmentos e a camada C com 5 segmentos. Os segmentos de ordem ímpar estão localizados no lado esquerdo e os de ordem par no lado direito em relação ao centro da fila. Cada um deles pode ser configurado sem o envolvimento de outros. O número de segmentos agrupados em cada camada hierárquica pode ser selecionado pelo radiodifusor de acordo com a intenção de serviço que pretende oferecer. No sistema brasileiro é possível transmitir sinais de TV para receptor portátil de banda estreita usando apenas um segmento OFDM, também chamado one-seg. Esse método é denominado recepção parcial e é também considerada uma camada hierárquica. O circuito de transmissão é dividido em três seções: codificação de canal, modulador e seção de RF, apresentada na figura 3. ![]() ![]() Os principais parâmetros do SBTVD estão mostrados na tabela 1: A taxa útil de bits de transmissão assume valores diferentes dependendo do esquema de modulação, da taxa de código convolucional e do intervalo de guarda escolhidos. A escolha de configuração para taxa útil maior torna o sistema menos robusto.3.1-Seção de Codificação de Canal O esquema de codificação de canal objetiva introduzir alguns algoritmos ao sinal para auxiliar o receptor a reconhecer e corrigir os erros causados pelo canal de transmissão. A figura 4 mostra os estágios de processamento de bits. O Reed Solomon é um corretor de blocos que, aplicado coletivamente ao transport stream total, irá formar o pacote de dados do canal. Em cada símbolo de 188 bytes são adicionados mais 16 bytes de paridade. Assim, cada símbolo é capaz de corrigir até 8 bytes errados. No caso da transmissão hierárquica, o transporte stream resultante é novamente dividido para formar o conjunto de informações dos pacotes originais, num máximo de três streams paralelos de processamento. A seguir, o dispositivo dispersor de energia, cujo objetivo é evitar a repetição de grande seqüência de 1 ou 0, é aplicado em cada seção do processador paralelo usando um circuito PRBS (Pseudo Random Bit Sequence). O ajuste de atraso, associado ao byte interleaving, objetiva a compensação de tempo para equalizar o tempo de transmissão e recepção de todas as camadas e é sempre conduzido pelo lado da transmissão. A soma de todos os atrasos, incluindo o de transmissão e recepção causados pelo bit interleaving, é sempre equivalente ao comprimento de um quadro. O codificador interno é um convolucional puncionado com código mãe de 1/2 e tem o comprimento de compressão k de 7. Em seguida, é efetuado o puncionamento para a taxa de 1/2, 2/3, 3/4, 5/6 e 7/8. Exemplificando: taxa 3/4 significa que para cada 3 bits de entrada saem 4 bits do codificador. Os graus de robustez e flexibilidade podem ser conseguidos especificando-se diferentes conjuntos de parâmetros de transmissão, tais como o número de segmentos, a taxa de codificação interna e o esquema de modulação para diferentes camadas hierárquicas conforme o tipo de serviço que se propõe prover. ![]() 3.2- Seção de modulação
Esta seção descreve a seqüência de processamento de bits fornecidos pela seção de codificação de canal para serem modulados. No processo de modulação das portadoras, os bits do sinal de entrada são entrelaçados e mapeados pelo esquema definido para cada camada hierárquica. O sinal de entrada no mapeador deve ser de 2 bits por símbolo para modulação em QPSK, mapeado para os eixos I e Q, de 4 bits para modulação em 16QAM mapeado para os eixos I e Q e de 6 bits por símbolo para modulação e 64QAM mapeado para os eixos I e Q. Como o número de bits por símbolo aumenta de 2 para 4 e daí para 6, a taxa de bits aumenta na mesma proporção. Ao mesmo tempo, a distância entre portadoras também diminui e a configuração fica menos robusta, porém, a taxa útil do sinal transmitida aumenta. ![]() Para proceder ao mapeamento, são inseridos na entrada do mapeador 120 elementos de bits de atraso no momento do entrelaçamento de bits para a modulação em QPSK. Para proceder ao mapeamento em 16QAM, não é introduzido atraso no primeiro bit. Mas é introduzido atraso de 40 elementos de bits para o segundo bit, atraso de 80 elementos de bits para o terceiro bit e 120 elementos de bits para o quarto bit. Veja na figura 6.
Existe uma correlação entre a taxa de bit transmitida e a robustez do sinal contra os efeitos da interferência. Então, considerando um intervalo de guarda de 1/8 na modulação QPSK com taxa de C/N de 10 dB, há recepção de excelente qualidade. Entretanto, a taxa de bits transmitida é limitada a 10 Mbps. Para a modulação em 64QAM necessita-se de C/N de 18 dB para garantir uma boa recepção, contudo, a taxa de bits transmitida sobe para aproximadamente 20 Mbps. ![]() Devido ao fato do nível de energia das portadoras, desde que modulados com alto número de estados, ser maior do que aquele com pequeno número de estados, o nível do sinal de transmissão precisa ser equalizado para que as potências médias das portadoras fiquem aproximadamente constantes, independentemente do esquema de modulação utilizado. A tabela 2 mostra os fatores de normalização propostos.
Os sinais de diferentes camadas hierárquicas para-metrados para diferentes configurações necessitam ser combinados a fim de serem submetidos em comum ao processo matemático de conversão IFFT (Inverse Fast Fourier Transformer). Os sinais assim processados são submetidos a time interleaving, em unidade de símbolos de modulação, para assegurar melhor robustez contra interferência de fading e também passam pelo processo de frequency interleaving, ação que reforça o efeito do time interleaving. ![]()
O sinal emergente da estrutura do quadro OFDM é submetido ao processo de IFFT (Inverse Fast Fourier Transformer) para gerar o sinal de FI de 44 MHz. Como o sinal OFDM é constituído por diversas portadoras ortogonalmente moduladas, cada símbolo é considerado como um elemento de comprimento TU. 3.3- Seção de RF ![]() As estações de transmissão digital são classificadas em classe Especial, classe A, classe B e classe C, cujos valores das potências máximas são apresentadas na tabela 3. Em relação à potência ERP, para cada classe é tomada como referência uma altura de 150 metros acima do nível médio do terreno. Estas potências foram definidas considerando-se que o sistema digital deverá replicar as atuais estações analógicas provendo aproximadamente a mesma cobertura para a classe equivalente. Isso significa que uma potência média do transmissor digital deve ser aproximadamente 20 vezes menor que a potência de pico do transmissor analógico para a mesma classe de transmissão. ![]() 4-Flexibilidade do SBTVD ![]()
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