
ESG na comunicação: um caminho sem volta
Na volta do almoço, a Sala 3 sediou o painel “Potencial e Perspectivas das Estratégias ESG na Indústria de Mídia e Entretenimento”, que abordou como as iniciativas ESG (Ambiental, Social e Governança) estão moldando o setor de mídia e entretenimento, promovendo práticas mais responsáveis e sustentáveis. O moderador Ricardo Esturaro abriu a exposição destacando o impacto das mudanças climáticas no mercado financeiro e como eventos como furacões no começo dos anos 2000 passaram a pressionar empresas a adotarem medidas mais sustentáveis. Ele enfatizou que desastres naturais geram perdas econômicas significativas, impulsionando uma reflexão mais profunda sobre sustentabilidade nas operações empresariais.
Falando por videoconferência diretamente dos Estados Unidos, a CEO da Kibo121, Barbara Lange, apresentou uma visão detalhada sobre como a sustentabilidade pode ser integrada ao setor de mídia, destacando a importância de medir a pegada de carbono em três âmbitos: emissões diretas, emissões indiretas relacionadas à energia e emissões indiretas da cadeia de valor. Ela explicou como as empresas podem adotar práticas para reduzir o impacto ambiental em todas as etapas do desenvolvimento de conteúdo – da produção à distribuição.
Guilherme Bennett, da Globo, compartilhou a jornada do maior grupo de comunicação da América Latina na implementação de práticas ESG, ressaltando a importância da matriz de materialidade e os principais compromissos da empresa em áreas como diversidade, inclusão e sustentabilidade ambiental. Ele enfatizou que a agenda ESG é dinâmica e deve ser continuamente ajustada e aprimorada.
Por fim, o nova-iorquino Robin Hérin, diretor de padronização da Ateme, abordou as melhorias tecnológicas no setor de transmissão televisiva, destacando os avanços em codecs, consumo de energia dos transmissores e tecnologias mais sustentáveis como a implementação de HDR. “Se você comparar o consumo de energia das tecnologias atuais em relação a como era há 10 ou 15 anos, verá que esse consumo hoje é 40% menor”, atestou o norte-americano.
O painel mostrou como a indústria de mídia está evoluindo para ser mais sustentável, não apenas por uma questão de responsabilidade social, mas também por uma necessidade econômica, operacional e reputacional.