Decreto da TV 3.0 deve sair até o fim do ano e setor se movimenta para viabilizar tecnologia 

Há muita tecnologia nova sendo desenvolvida no mercado de mídia, principalmente quando se trata de inovação, como é o caso da TV 3.0, que promete levar mais resolução e interatividade para os lares brasileiros. Para falar sobre iniciativas e tendências, a grade do Congresso SET Expo contemplou o painel  “Inovações na TV aberta (TV 3.0) e novas Tecnologias de Distribuição Digital”, com grandes nomes do setor.

Com moderação de Carlos Fini, presidente da SET, o painel reuniu nomes de peso como  Wilson Diniz Wellisch, secretário da Secretaria de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações, Vinícius Caram, superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Flávio Lara Rezende, presidente da ABERT, Márcio Silva Novaes, presidente da ABRATEL, Gerson Inácio de Castro, presidente da ASTRAL, e Raymundo Barros, presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) | Conselheiro da SET.

Até o fim do ano, o Ministério da Comunicação precisa apresentar um decreto para a presidência da República que define o modelo da TV 3.0 no Brasil, porém, o trabalho ainda está em andamento.

“O Ministério, no que tange à coordenação do GT da TV 3.0 em todas as suas funções, deve definir que padrão será efetivamente utilizado, e submeter isso ao Presidente da República para que ele decida. Temos que definir algumas questões relativas a incentivos fiscais para a massificação da tecnologia, ou seja, eventuais subsídios à implantação da TV 3.0. O PPB, por exemplo, é uma forma de incentivo fiscal para que você já tenha os televisores com a tecnologia e eventualmente até os transmissores. Existem uma série de coisas que estamos discutindo internamente no governo, mas também com outros órgãos que podem nos ajudar na massificação da tecnologia”, disse Wilson Diniz Wellisch, secretário da Secretaria de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações.

Quem está de olho na formulação desse decreto é a Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), que pediu atenção aos órgãos regulatórios para garantir mais valorização do Brasil e liberdade. “Precisamos de um decreto que nos garanta liberdade de movimento dentro dessa tecnologia. Sem regras, sem amarras. Precisamos olhar para nós e nos valorizarmos”, afirma Márcio Silva Novaes, presidente da entidade.

Mas toda e qualquer mudança precisa de estrutura. É quando entra a Anatel, que está com o desafio de viabilizar de forma operacional a TV 3.0, uma tecnologia que trará alta conectividade. “Para evoluir tem que ter canal, olhar a quantidade de geradoras e de canais disponíveis. E se todos vãoi para a TV 3.0, é preciso fazer uma paridade, mas no momento não há canais para todo mundo. Fizemos o estudo da faixa de 300 MHz, porém já tem outro serviço atribuído, por isso estamos começando o movimento de liberar mais 12, talvez 14 canais, na faixa de 300 MHz. Temos que avançar também em possíveis rearranjos de multiprogramação da TV 2.0, permitindo que todos tenham sua TV 3.0 em sua máxima potencialidade”, explica Vinicius Caram, superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel.