
Creators: como criar uma marca pessoal
Com mediação de Eduardo Brandini, professor de comunicação da FAAP e head de parcerias no YouTube, o painel de negócios: “Do Digital para a TV: Como Influenciadores Estão Transformando o Cenário de Mídia” examinou a transição dos influenciadores para a TV, destacando como suas abordagens modernas e linguagem impactam o meio televisivo, que busca se adaptar às novas formas de consumo de conteúdo.
Como exemplo, Antonio Abib, CEO da NWB, citou os primórdios da MTV Brasil e a maneira como o canal revolucionou a maneira de se comunicar com o público jovem. Ele ainda apresentou um amplo panorama do crescimento e amadurecimento do mercado digital, citando o exemplo do canal Desimpedidos, que inovou ao falar de futebol de maneira irreverente, e a evolução das plataformas digitais que exigem uma linguagem mais ampla e acessível
Nos últimos anos, influenciadores digitais têm redefinido a mídia através de plataformas como YouTube, TikTok e Instagram, tanto através da migração de produtores e apresentadores de TV para o digital, assim como muitos estão retornando à televisão com novas perspectivas adquiridas nas plataformas digitais.
Como o jornalista e estrategista digital Pedro Mota Cortella, que após uma carreira de 12 anos no jornalismo, fundou em 2017 a Agência Sophya, pioneira na gestão de redes sociais para pessoas e não para marcas. “A gente fez esse recorte justamente pelo entendimento de que essa nova mídia funcionava muito em torno de pessoas, e não de empresas. Você não entra numa rede social para seguir uma marca, você entra para encontrar gente”, cravou o jornalista. Mara Luquet, que trabalhou por 30 anos no jornalismo impresso e na TV Globo, decidiu migrar para o digital em busca de novas oportunidades, fundando o canal MyNews. Ela ressaltou a importância de complementar a mídia tradicional com novas formas de conteúdo e abordagens.
Por fim, o debate trouxe uma reflexão sobre como a internet, inicialmente mais informal, se tornou uma mídia central, com pessoas sendo mais relevantes que marcas nas redes sociais, e a necessidade de adaptação contínua para acompanhar as mudanças na comunicação e no consumo de conteúdo.