Para inovar, empresas precisam trabalhar hoje e pensar no amanhã

Segundo especialistas, as organizações devem manter a qualidade de seus produtos atuais ao mesmo tempo em que investem tempo e dinheiro no desenvolvimento de novos serviços

Palestras contou com a presença de empresários que, no seu dia a dia, enfrentam o desafio de fomentar e liderar suas organizações.

Nesta quinta-feira (25), último dia do Congresso SET EXPO – Congresso de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento, uma interessante discussão sobre inovação dominou uma das palestras. Para tanto, contou com a presença de empresários que, no seu dia a dia, enfrentam o desafio de fomentá-la e liderá-la dentro de suas organizações.

A introdução coube a Fernando Bittencourt , ex-presidente da SET. Ele se baseou em um livro de Clayton Christensen (O Dilema da Inovação) para sustentar que uma companhia deve ser ambidestra, trabalhando o hoje – para manter a qualidade de suas operações – e o amanhã – para entregar novos produtos e serviços.

“A inovação é bonita depois que acontece, antes ela é risco e incerteza”, disse. Segundo Bittencourt, quanto mais bem sucedida é uma companhia, mais atenta às inovações e ao mercado ela deve se tornar. “Há uma diferença entre o que as pessoas pedem e o que precisam. Elas pedem, por exemplo, uma furadeira. Mas o que precisam é furar alguma coisa. O seu produto deve mirar na necessidade, não no pedido”, afirmou.

Na visão de Thiago Taranto, CEO e sócio-fundador da Mobi2buy, as empresas que não inovam tendem a perecer. “Atualmente, os profissionais de mercado sabem disso, pois olham para, por exemplo, as companhias que integravam o S&P 500 há 20 anos e percebem que muitas delas não existem mais”, pontuou.

Para Pablo Canano, Co-CEO e fundador de Driven.cx, estamos em um mundo muito dinâmico, onde tecnologias são criadas e difundidas em um curto espaço de tempo. As corporações, portanto, precisam acompanhar esse ritmo. “Uma das principais formas de inovar é criar um ambiente aberto, receptivo, que fomente novas ideias. As empresas, assim como as lideranças, devem estar dispostas a errar”.

Já Carlos Henrique Moreira, diretor de ecossistema e parcerias internacionais do Grupo Globo, chamou a atenção para outro aspecto: a inovação, por si só, não basta; é preciso pensar como aplicá-la. “Uma companhia deve ter pessoas que saibam como transformar as inovações em soluções concretas. Soluções que possam crescer, escalar e se popularizar”, disse.