SET SUL: Produção em plataformas unificadas

A produção audiovisual vive momentos de mudanças disruptivas que a tornaram mais ágil, mas também mais complexa devido à utilização de plataformas e estruturas descentralizadas.

O SET SUL analisou a “concentração de produção em plataformas unificadas (all in one)”. O painel contou com a participação de Fabio Angelini, Diretor Comercial do Grupo Pinnacle, Emerson Luiz, Business Development Manager da Youcast, e foi moderado por Roberto Hoffmann, Gerente de projetos de tecnologia e regulatórios na RBS TV.

Angelini explicou o trabalho da Pinnacle Group, e disse que, após 3 décadas de historia, a empresa avança para tecnologias disruptivas que podem fazer com que “se trabalhe tudo em um ou all in one, fazendo, por exemplo, compartilhamento de colaborações”.

O executivo disse que hoje “trabalhamos com tecnologia accessível” e equipamentos que permitem transformar as produções audiovisuais em mais “acessíveis”. Ele deu o exemplo do Instituto Hesed, em Fortaleza, no qual as irmãs criaram um canal de Youtube com transmissão 4K in house para difundir as suas atividades. Ele deu outro exemplo: um case em São Pauloda Igreja Pentecostal Deus é Amor, que “transformou o workflow de produção para uma operação mais compacta e reduzida” com funcionalidades superiores.

Outro dos temas tratados por Angelini foi de câmeras PTZ com utilização de inteligência artificial, e destacou a YoloLiv, um box com 4 entradas HDMI, com entrada de microfones, com corte touch,  streaming 4K, protocolo NDI HX3& SRT, e celular bonding, que virou um equipamento “tudo em um”, e portátil, “ele pode virar quase um mochilink, com mesa de som e scoreboard – muito usado para transmissões de rádio”.

Na sua parte, Emerson Luiz falou em Florianópolis de distribuição unificada, e disse que isto é impossível sem ter uma CDN própria, o que facilita a entrega com POPs em grandes cidades com a associação da empresa como a Edgio.

O executivo da Youcast falou de como criar uma arquitetura de Uplink, começando a entrar “nos processos da TV 3.0”, com playout na nuvem integrado aos grandes operadores de mídia programática na nuvem. Ele disse que, nos Estados Unidos, a empresa já trabalha com a “TV 3.0, conseguindo entregar para outras redes de distribuição, com projetos em andamento, incluindo conteúdos recebidos em SRT para IPTV, para SmartTV etc., com estruturas compartilhadas.  A chegada da TV 3.0 tem de fazer os radiodifusores pensar em no compartilhamento, o que vai fazer baixar o custo e conseguir fazer a segmentação geográfica”.

Luiz disse que a ideia é trabalhar de forma diferente, com tempos diferentes e “com gerenciamento de plataformas”, e agregou que “com a plataforma é possível pensar na publicidade programática efetiva com direcionamento, com personalização, uma infraestrutura que já está pronta, que já funciona para TV 2.5 e pode migrar para a TV 3.0, com plataformas como a NewCo no Brasil que permite entregar tudo dentro de uma única solução”.

Ele explicou ainda as vantagens da plataforma e como “trabalhar de forma unificada” no trafego de sinais com “modelos de monetização” que trabalham “com ferramentas de monetização integradas, incluindo publicidade, distribuição e criação de FAST Channels”.

O SET Sul tem o patrocínio de Alliance, Canon, CIS Group, Convergint, SES, Sony, Speedcast, Pinnacle/Blackmagic, Embratel e Youcast. Ainda conta com o apoio de IF Telecom, LM Telecom, Propaga Consultoria, SM Facilities e Teletronix. E o apoio institucional a ACAERT e NSC.

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Por Fernando Moura e Tito Liberato