
“Olhar humano é essencial para viralizar”, diz Henrique Simões, da CNN Brasil
O painel “Criando Fluxos de Trabalho de Produção de Vídeo ao Vivo Baseado na Nuvem”, sob mediação de Eduardo Taboada, gerente de operações do SBT, reuniu executivos de diferentes áreas da transmissão de conteúdo audiovisual. Durante o encontro, os participantes apresentaram exemplos práticos de como criar fluxos de trabalho escaláveis incluindo todas as etapas do workflow, desde a criação e edição do conteúdo, até o transporte, armazenamento, publicação e distribuição. Marcos Petry, head de plataformas de vídeo e CDN na Globo, por exemplo, falou sobre roadmap e as evoluções tecnológicas do canal.
O norte-americano Mike Kelley, presidente de operações nas Américas e APAC da plataforma de transmissão ao vivo Grabyo, sediada em Nova York, apresentou os serviços da empresa como sendo “essencialmente, uma sala de controle virtual e um browser web que você acessa para a produção live. Durante o caminho, também integramos hardware, minicontroladores de hardware, índex e XTs, por exemplo. E usamos mais de 40 serviços AWS para gerenciar o tráfego”, explicou o executivo da companhia, que possui clientes de peso como Premier League e Fox Sports, além de SBT, CNN Brasil e UFC, representados no painel.
Henrique Simões, diretor executivo de estratégia Digital & CMI da CNN Brasil, falou como, além de todas as tags, algoritmos e recursos de IA que podem fazer um conteúdo viralizar nas plataformas, o olhar humano e uma “cabeça fresca” são essenciais. Para ilustrar, Henrique citou a recente queda do avião em Vinhedo. Sem entender exatamente o motivo, a equipe da CNN Brasil ficou intrigada por ter ficado bem atrás no rol de conteúdos sobre a tragédia no YouTube. Até que, ao bater os olhos nas chamadas da concorrência, o executivo entendeu que o problema era a chamada. “Breaking news”, retranca tradicional da emissora norte-americana, estava contribuindo negativamente com o engajamento, uma vez que a concorrência já ia direto à notícia: “Avião cai em Vinhedo”.
Já Daniel Mourão, vice-presidente de marketing e digital do UFC para a América Latina, definiu sua empresa não como um evento, mas como uma produtora de conteúdo em tempo real. “Por isso precisamos de uma equipe sempre afiada, para fazer sempre os melhores recortes e assim gerar engajamento e novas assinaturas.”